Olá, pessoal.
Escutamos por aí muitos termos para se referir às pessoas que precisam da acessibilidade em sua rotina, e dúvidas surgem sobre quais deles devemos utilizar. Você já se deparou com o termo ‘mobilidade reduzida’? Sabe qual termo é o mais adequado: portador de deficiência ou pessoa com deficiência? Esclarecer essas dúvidas é o primeiro passo para entendermos o universo da Acessibilidade e da arquitetura inclusiva.
SUGESTÃO: Pessoa com deficiência, aluno com síndrome de Down, arquiteta com surdez.
EVITAR: referir-se a pessoa com deficiência com a palavra “portador”, pois as pessoas não carregam suas deficiências, e também com as siglas como “PNE” e a palavra “deficiente”.
(Fonte: Ministério do Turismo)
Vamos ver alguns grupos de pessoas para as quais a acessibilidade é meio de inclusão e socialização. Entender as necessidades específicas de cada uma delas nos dará subsídios para melhor projetarmos os espaços.
É aquela que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção. Exemplos: pessoa idosa, gestante, lactante, pessoa com criança de colo, obeso.
É aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem impedir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Este é um conceito em evolução.
- Deficiência física – Má formação congênita, amputação de membro; paraplegia; paralisia cerebral, nanismo e ostomizadas [pessoa que passou por cirurgia para fazer no corpo uma abertura (ostoma), que é um caminho alternativo de comunicação com o meio exterior, para saída de fezes ou urina ou para viabilizar a respiração ou a alimentação].
- Deficiência visual – Trata-se da acuidade visual prejudicada. Pode ocorrer em diferentes graus, como a cegueira e a baixa visão.
- Deficiência auditiva – Trata-se de audição prejudicada. Pode ocorrer em diferentes graus, como a surdez e a baixa audição. Há pessoas surdas que se comunicam por Língua Brasileira de Sinais (Libras), uma língua que usa gestos e expressões faciais para passar a mensagem que deseja. Libras não é a simples gestualização do português e, sim, uma língua à parte. Há também pessoas surdas que são oralizadas, que fazem leitura labial para se comunicar e, ainda, outras que são não são surdas, mas têm alguma perda auditiva e podem utilizar aparelhos auditivos.
- Deficiência intelectual e mental – Alguns exemplos dessas deficiências são o autismo (TEA), a síndrome de Down, os transtornos mentais, síndrome de Williams, síndrome de Asperger e outras.
- Deficiência visual e auditiva (surdocega) A comunicação se dá através do Tadoma (colocar a mão sobre lábios, face e pescoço para sentir a vibração da voz); Libras tátil (Língua Brasileira de Sinais dos surdos adaptada ao surdocego); Alfabeto manual (fazer o alfabeto da língua de sinais na palma da mão do surdocego); Braille (seis pontos em relevo que, combinados, formam as letras e os números); Alfabeto Monn (caracteres em relevo, representando em desenho estilizado as letras do alfabeto e outros sinais); Escrita na palma da mão (desenhar com o dedo na palma ou nas costas da mão as letras do alfabeto, preferencialmente maiúsculas); Objetos de referencia (o objeto que significa a ação. Exemplo: copo para representar beber água. Colher para hora de comer); Pistas (objetos ou símbolos colados em cartões ou em outro material); Guia intérprete (profissional que serve de canal de comunicação e facilita o deslocamento e a mobilidade da pessoa surdocega).
(Fonte: Ministério do Turismo)
Agora que estamos mais familiarizados com os termos e tipos de deficiência, vamos avançando nas informações e debates sobre a arquitetura inclusiva nas próximas semanas. Fique com a gente por aqui.
Até o próximo texto.
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